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Jogos Cognitivos no atendimento psicopedagógico


Os jogos cognitivos são um excelente recurso para o atendimento psicopedagógico, porém é preciso preservar a ludicidade, usando-o como instrumento de vinculação afetiva e cognitiva com a aprendizagem. Torna-se necessário então que o psicopedagogo faça intervenções de caráter subjetivo, de forma que o indivíduo vá se percebendo e construindo a sua forma de aprender.

Os jogos são um conjunto de jogos variados que trabalham aspectos cognitivos, propondo a intersecção entre os conceitos de jogos, diversão e cognição. Desse modo, parte-se do reconhecimento da contribuição que os jogos oferecem ao desenvolvimento humano e coloca-se ênfase nos aspectos cognitivos. A cognição entendida nesse contexto como “a aquisição, o armazenamento, a transformação e aplicação do conhecimento” (Matlin, 2004), o que envolve uma diversidade de processos mentais, como memória, percepção, raciocínio, linguagem e resolução de problemas.

Nesse sentido, as habilidades cognitivas podem ser entendidas como as capacidades que tornam o sujeito competente e lhe permite interagir simbolicamente com o meio. As habilidades cognitivas permitem, por exemplo, discriminar objetos, identificar e classificar conceitos, levantar problemas, aplicar regras e resolver problemas, e propiciam a construção e a estruturação contínua dos processos mentais (Gatti, 1997).

Kishomoto descreve que é difícil conceituar o que é jogo, enquanto categoria que dê conta dos diversos tipos e características, o que é reforçado por Huizinga, segundo o qual o jogo “é função de vida, mas não é passível de definição exata em termos lógicos, biológicos ou estéticos”. Os jogos cognitivos apresentam características comuns aos jogos, porém recebem essa denominação por envolverem mais fortemente habilidades cognitivas. Em um jogo como a Hora do Rush, por exemplo, no qual o jogador precisa movimentar vários carros para tirar um específico, trabalha-se fortemente com a capacidade de planejamento e a resolução de problemas.
Conheça agora os principais tipos de jogos cognitivos:

01. Jogos de Desafio

Nesse sentido, os jogos de desafio apresentam problemas que mobilizam o jogador a pensar, levantar hipóteses, experimentar, planejar, testar, realizar cálculos. Desse modo, contribuem com o desenvolvimento do raciocínio lógico, a percepção visual, a atenção e a concentração. Como exemplo desse tipo de jogo, temos a Torre de Hanói e Tangram.

02. Jogos de Tabuleiro

Os jogos de tabuleiro, por sua vez, apresentam diversos formatos e objetivos, de modo geral, envolvem a participação de pelo menos dois jogadores, o exercício de estratégia e raciocínio lógico para vencer o adversário ou resolver o desafio apresentado, como exemplo, temos o jogo de xadrez, damas, pentagrama, jogo da velha, entre outros.

03. Jogos Eletrônicos

Estes propõem desafios que exigem o exercício de aspectos cognitivos como memória, raciocínio lógico, cálculo, criatividade, resolução de problemas e atenção, por exemplo. Esses jogos pautam-se na intersecção entre o lúdico e a diversão presente nos jogos eletrônicos e o desenvolvimento cognitivo.

Concluindo, o psicopedagogo se utiliza dos jogos como grandes aliados, visando a conscientização das pessoas de suas potencialidades, procurando resgatar seus processos internos de apreensão da realidade nos aspectos cognitivo, afetivo-emocional, e dos conteúdos, motivados em busca de uma aprendizagem prazerosa.

Fonte: https://psicoenvolver.com.br


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